Conheça Maricá

O desfecho da Confederação dos Tamoios, uma das maiores resistências indígenas no período Brasil Colonial, foi o primeiro passo para conhecermos Maricá como é hoje. Na época, era comum europeus se casarem com nativas com o intuito de criar alianças com aldeias indígenas. Como os portugueses precisavam de mão de obra, o casamento era uma forma de facilitar essa aquisição.

A união de João Ramalho, amigo do governador da Capitania de São Vicente (território de Bertioga, em São Paulo, até Macaé, no Rio de Janeiro) com a filha da tribo dos Guaianases, deu origem a uma aliança que comandou um ataque contra os tupinambás, com o objetivo de escravizá-los. Essa atitude fez com que outras tribos se unissem e declarassem guerra contra os portugueses, iniciando a Confederação dos Tamoios.

Neste momento, os franceses estavam chegando ao Rio de Janeiro, com o objetivo de combater os portugueses, e por isso se uniram a resistência indígena, oferecendo-os armas para lutarem, mas uma epidemia e outros indígenas apoiadores dos portugueses enfraqueceram o grupo, e somente em 1567, o conflito acabou com a expulsão dos franceses e extermínio dos tamoios.

Era comum para aqueles que colaboravam com a Coroa Portuguesa serem agraciados com títulos de nobreza, cargos públicos e terras. Dessa forma, o Antônio Martins Coutinho que participou do conflito, recebeu por sua bravura um gigantesco terreno na área atual de Niterói, mas ele renunciou sua posse em favor dos nativos liderados pelo índio Arariboia, que também foram aliados dos portugueses na luta contra os franceses. Em outro momento, o Antônio Marins Coutinho foi compensado com a doação de uma nova terra, chamada na época de “Vila Santa Maria de Maricá”, o atual município de Maricá.